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quinta-feira, 9 de junho de 2011

anarco-socialismo

      Os anarquistas socialistas libertários acreditam que a função de qualquer
 governo é a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra. Eles
 acreditam que, no sistema capitalista, o Estado mantém a desigualdade social
 através da força, ao garantir a poucos a propriedade sobre os meios de 
subsistência de todos.
Esta teoria clama por um sistema socialista, onde a posse dos meios de
 produção seja garantida a todos os que trabalham. Neste sistema, não haveria
 necessidade de nenhuma autoridade e/ou governo, visto que não haveria
 necessidade de impor privilégios de uma classe sobre outra. A sociedade
 seria gerida por associações democráticas, formadas por todos, e
 dividindo-se livremente (ou seja, com entrada e saída livre) em cooperativas e
 estas, em federações.
       A origem da tradição socialista libertária está nos séculos XVIII e XIX. Talvez
o primeiro anarquista (embora não tenha usado o termo em nenhum momento) foi
William Godwin, inglês, que escreveu vários panfletos defendendo uma educação
 sem a mão do Estado, observando que esta tornava as pessoas menos propensas 
a ver a liberdade que lhes era tirada. O primeiro a se auto-intitular anarquista e a 
defender claramente uma visão mais socialista, foi Joseph Proudhon, seguido 
por Bakunin que levou e elaborou as idéias de Proudhon à primeira Associação 
Internacional de Trabalhadores (AIT). Mais tarde, Kropotkin desenvolve a vertente
 comunista do anarquismo, enquanto Nestor Makhno tenta implantar o anarquismo
 em plena revolução russa na Ucrânia, com apoio de várias comunidades 
camponesas, mas que acabam massacradas pelos revolucionários leninistas e 
trotskistas. (ver Godwin, Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Makhno, etc).
        Poucos anarquistas defendem a violência contra indivíduos. Durante o fim
 do século XIX e início do século XX, o anarquismo era conhecido como uma
 ideologia que pregava os assassinatos e explosões, devido a ação de pessoas
 como o russo Nechaiev, o francês Ravachol e à influência dos meios de 
comunicação da época.
 A maioria dos anarquistas acreditam que a violência contra indivíduos é inútil, 
já que mantém intactas as relações sociais de exploração e as instituições que
 a mantém. Entretanto, os anarquistas acreditam ser inevitável o recurso à violência
 como legítima defesa à violência do Estado ou de instituições coercivas. 
Anarquistas como Errico Malatesta publicaram célebres debates e publicações, 
condenando o individualismo-terrorista de alguns anarquistas.
Existiram, no entanto, outros anarquistas, como Leon Tolstoi, que acreditavam
 que o caminho da anarquia era a não-violência. Tolstoi, inclusive, manteve contato
 com Gandhi. 

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